Nova York

  • Manifestações pró e contra mesquita
    tomam conta do Marco Zero em Nova York
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    Don Emmert/22.08.2010/AFPDon Emmert/22.08.2010/AFP

    Manifestantes da Coalizão para Parar a Islamofobia em NYC protesta perto de onde será construído o novo Centro Islâmico



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    Centenas de defensores e oponentes americanos aos planos de se construir uma mesquita no epicentro dos ataques de 11 de setembro de 2001 fizeram manifestações pacíficas neste domingo (22), nas proximidades do chamado Marco Zero, onde ficavam as Torre Gêmeas.

    Os manifestantes se reuniram sob uma fina chuva no meio da manhã, sem ocorrência de distúrbios entre os dois lados.

    "Não deixem o Islã sair vitorioso com uma mesquita", dizia uma faixa estendida a dois quarteirões do Marco Zero.

    Do outro lado, uma pequena multidão do mesmo tamanho pedia tolerância religiosa, com cartazes defendendo a liberdade de religião e aceitação de todas as fés.

    Seus cartazes diziam "Abaixo o egoísmo religioso" e "Não à islamofobia!".

    Opiniões se dividem em todo o país

    O direito de erguer uma mesquita - parte de um centro islâmico - nas proximidades do local onde ficavam as Torres Gêmeas, atacadas pela rede terrorista Al Qaeda em 2001,dividiu a opinião pública americana.

    Semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reforçou sua defesa pela liberdade de culto garantida pela Constituição americana, bem como a construção da mesquita.

    Michael Bloomberg, prefeito de Nova York e um dos homens mais ricos do mundo, também é apoiador declarado do centro muçulmano. Organizações islâmicas, como o Conselho de Relações Islâmicas Americanas (CAIR), enxergam a iniciativa como uma oportunidade de desfazer a má imagem do Islã nos EUA.

     

     

    No entanto, a oposição ao projeto é grande. Mesmo aliados de Obama, como o líder democrata Harry Reid, distanciaram-se dele neste assunto, temendo as consequências da polêmica em sua popularidade, a dois meses e meio das eleições legislativas cruciais nos EUA.

    O governador do Estado de Nova York, David Paterson, que defendia o projeto, admitiu semana passada que planeja discutir a realocação do centro cultural islâmico para uma área menos emotiva, mais distante do Marco Zero.